segunda-feira, 11 de outubro de 2010

DIA 12 DE OUTUBRO: Dia das Crianças

Nesta terça-feira, dia 12 de outubro, comemoraremos mais um Dia das Crianças. Dia de brincadeiras, presentes, alegria, más porém devemos guardar uns minutos para reflexão.
Como estamos cuidando de nossas crianças? Apesar de todos os cuidados, porque ainda ocorrem casos de transmissão vertical de HIV e sífilis? Onde estamos falhando e como vivem estas crianças hoje?
Desde 1996 até julho de 2009, foram identificados 10.739 casos de AIDS em menores de cinco anos de idade, o que representa 2,0% do total de casos identificados no país, sendo que do total de casos em crianças menores de cinco anos 42,4% foram identificados em menores de um ano de idade.
Cabe a nós, não apenas como profissionais de saúde, más como cidadãos, buscarmos formas de melhoria na qualidade de vida destas crianças, oferecendo uma assistência de qualidade, possibilitando um acompanhamento adequado e oportunizando uma vida normal a elas.
Os números servem de alerta, 25 a 33% das gestações de mães soropositivas sem acompanhamento, resultam em transmissão vertical e com intervenção a taxa cai para apenas 1 a 2%. Portanto é de vital importância a orientação correta da gestante e a organização dos serviços de saúde para acolhe-la da forma ideal.
Vamos brincar muito neste dia 12 de outubro, más que o sorriso de nossas crianças sirva de lembrete: vamos deixar a inocência com elas e levar a AIDS mais a sério.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010


Saúde publica orientações para planejamento da gravidez entre casais que vivem ou convivem com HIV

O que fazer quando se quer ter filho e o casal ou um dos parceiros tem o vírus da aids? No Brasil, aproximadamente 80% das pessoas com aids se encontram na faixa etária reprodutiva. Entre 2008 e 2009, cerca de 6 mil mulheres que sabidamente viviam com HIV engravidaram. Para o fortalecimento dos direitos sexuais e reprodutivos das pessoas que vivem com HIV no Brasil, o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais lança as “Estratégias de Redução de Risco de Transmissão Sexual do HIV no Planejamento da Reprodução para Pessoas que Vivem e Convivem com HIV ou Aids”, parte do suplemento ao Consenso de Adultos 2008. A publicação vai orientar profissionais de saúde sobre como tratar do assunto com casais soroconcordantes (quando ambos têm HIV) ou sorodiscordantes (quando um apenas é positivo para HIV) que desejam engravidar. A proposta é reduzir os riscos de transmissão sexual do HIV ao parceiro e evitar novas infecções, incluindo as hepatites virais. As tecnologias atualmente disponíveis e recomendadas no Brasil são capazes de reduzir o risco de transmissão vertical (de mãe para filho) para menos de 1%.

De acordo com as novas recomendações, é necessário que as equipes de saúde estejam preparadas para discutir o assunto com as pessoas que vivem com HIV/aids. Uma vez havendo desejo de paternidade ou maternidade, é necessário estabelecer um planejamento conjunto. Para aqueles casais que desejam ter filhos pelos métodos naturais, é importante não ter infecções genitais (como, por exemplo, DST), apresentar estabilidade imunológica, boa adesão ao tratamento e carga viral indetectável. Os procedimentos que também podem reduzir a transmissão do HIV são os de reprodução assistida, lavagem de esperma e inseminação artificial. Entretanto, qualquer método adotado deve ter o acompanhamento da equipe de saúde.

Fonte: Assessoria de Imprensa, Departamento de DST e Aids